A Escola Inclusiva é, desde logo, uma organização profundamente democrática, que acolhe os seus profissionais e onde os professores têm de ser incluídos, participar ativamente e sentir que a sua voz é ouvida e respeitada.
Uma rede pública de creches com tutela única educacional é a melhor forma de ter uma educação da primeira infância com igualdade, qualidade e com educadores dentro da carreira docente. Em vez disso o Estado prefere financiar e depender do sistema privado, negando a consagração do direito à educação das crianças a partir do primeiro ano de vida e perpetuando uma visão assistencial, de um sistema que fica aquém das necessidades.
Coma crescente falta de professores, que se agravará nos próximos anos, a solução deveria ser atrair novos profissionais e acarinhar os que ainda estão no ativo, precisamente através de melhores condições de trabalho e de carreiras justas e dignas.
A resolução da falta de docentes não se faz com remendos de curto prazo, de eficácia duvidosa e que não tocam no essencial, perpetuando a velha máxima de atamancar alguma coisa, para que o fundamental não mude.
A Educação em Portugal atingiu os melhores resultados de sempre em vários indicadores. Toda esta evolução tem como atores a classe dos professores. Paralelamente somos um dos países da OCDE onde a classe docente é mais envelhecida.