Foi aprovado pela Comissão Eventual de Transportes e Mobilidade da Assembleia Municipal um relatório preliminar sobre as obras de modernização da Linha do Oeste, onde os deputados municipais do PS subscrevem uma posição contrária à que têm defendido e votado na Assembleia Municipal em relação à localização da Subestação Elétrica em Runa.
Neste relatório, presente na Assembleia no início de setembro, mesmo antes das eleições autárquicas, o PS junta-se à oposição e vem recomendar que se estude uma alternativa à subestação, quando, durante meses, tentou fazer passar o fato consumado e calar os protestos das populações, branqueando uma posição errada da Câmara.
A luta dos runenses vem de trás, motivando que em 27 de abril, o Bloco de Esquerda apresentasse à votação do plenário, uma recomendação à autarquia, para que patrocinasse um estudo alternativo, o que foi chumbado pelos socialistas, contra toda a oposição, escudados numa nefasta maioria absoluta.
Nessa proposta do Bloco propunha-se que a autarquia “ouvisse a população de Runa e Penedo e os seus movimentos e organizações, estando ao lado dos seus munícipes e tire consequências do sentir e das propostas dos habitantes”; bem como “desenvolvesse
todos os esforços, para que se implemente a Subestação numa outra localização e se encontrem soluções de menor impacte, através de estudo credíveis e fundamentados, onde os impactes para Runa sejam o fator principal de decisão”.
Vem agora o PS cerca de cinco meses depois votar a favor de um relatório que partilha esta mesma ideia. Esta reviravolta em véspera de eleições é mais caricata ainda, porque a argumentação utilizada para chumbar a proposta do Bloco e travar as reivindicações da população, deixou de ser válida agora, porque o PS é forçado pelas circunstâncias.
De acordo com declarações dos deputados do PS no passado, a proposta de estudar alternativas, deveria ser chumbada porque seria um atraso na obra e poria em risco o financiamento da mesma. Diziam que a IP estava a tratar do caso, quando todos tínhamos percebido e denunciado a manobra da empresa em passar a estrutura para o outro lado da estrada.
Recorde-se ainda que, nessa altura, o PS, pela voz do presidente da Assembleia fez votos para que os runenses não estivessem a ser instrumentalizados para fins eleitorais, numa declaração ofensiva para habitantes de Runa e para o elemento da população que tinha acabado de apresentar os seus argumentos no período aberto a intervenções, da Assembleia.
O relatório reconhece finalmente os impactes ambientais, paisagísticos e também arqueológicos em causa, a proximidade às habitações e a inexistência de estudos alternativos atempados. Tudo argumentos que temos defendido em diversos artigos, bem como os próprios movimentos populares.
O deputado do Bloco que faz parte da Comissão, João Rodrigues, votou favoravelmente o relatório dado conter as posições que o partido defende há muitos meses.
É triste quando se ignoram argumentos de outrem, para depois os acolher como se fossem seus, a reboque dos acontecimentos e com fim de agradar.
Com esta reviravolta, verifica-se uma primeira vitória dos que tanto lutaram pelo estudo desta alternativa. Foram os runenses e os movimentos que estiveram sempre ao seu lado, que forçaram esta posição do PS. Foi a força da razão e do povo. Mas atenção, porque é apenas um primeiro passo.
Este documento não nos pode deixar descansados, pois agora há que cuidar da sua efetiva implementação, para que não seja mais um papel em tempo de eleições que no dia a seguir acaba numa gaveta.
Foi aprovado pela Comissão Eventual de Transportes e Mobilidade da Assembleia Municipal um relatório preliminar sobre as obras de modernização da Linha do Oeste, onde os deputados municipais do PS subscrevem uma posição contrária à que têm defendido e votado na Assembleia Municipal em relação à localização da Subestação Elétrica em Runa.
Neste relatório, presente na Assembleia no início de setembro, mesmo antes das eleições autárquicas, o PS junta-se à oposição e vem recomendar que se estude uma alternativa à subestação, quando, durante meses, tentou fazer passar o fato consumado e calar os protestos das populações, branqueando uma posição errada da Câmara.
A luta dos runenses vem de trás, motivando que em 27 de abril, o Bloco de Esquerda apresentasse à votação do plenário, uma recomendação à autarquia, para que patrocinasse um estudo alternativo, o que foi chumbado pelos socialistas, contra toda a oposição, escudados numa nefasta maioria absoluta.
Nessa proposta do Bloco propunha-se que a autarquia “ouvisse a população de Runa e Penedo e os seus movimentos e organizações, estando ao lado dos seus munícipes e tire consequências do sentir e das propostas dos habitantes”; bem como “desenvolvesse
todos os esforços, para que se implemente a Subestação numa outra localização e se encontrem soluções de menor impacte, através de estudo credíveis e fundamentados, onde os impactes para Runa sejam o fator principal de decisão”.
Vem agora o PS cerca de cinco meses depois votar a favor de um relatório que partilha esta mesma ideia. Esta reviravolta em véspera de eleições é mais caricata ainda, porque a argumentação utilizada para chumbar a proposta do Bloco e travar as reivindicações da população, deixou de ser válida agora, porque o PS é forçado pelas circunstâncias.
De acordo com declarações dos deputados do PS no passado, a proposta de estudar alternativas, deveria ser chumbada porque seria um atraso na obra e poria em risco o financiamento da mesma. Diziam que a IP estava a tratar do caso, quando todos tínhamos percebido e denunciado a manobra da empresa em passar a estrutura para o outro lado da estrada.
Recorde-se ainda que, nessa altura, o PS, pela voz do presidente da Assembleia fez votos para que os runenses não estivessem a ser instrumentalizados para fins eleitorais, numa declaração ofensiva para habitantes de Runa e para o elemento da população que tinha acabado de apresentar os seus argumentos no período aberto a intervenções, da Assembleia.
O relatório reconhece finalmente os impactes ambientais, paisagísticos e também arqueológicos em causa, a proximidade às habitações e a inexistência de estudos alternativos atempados. Tudo argumentos que temos defendido em diversos artigos, bem como os próprios movimentos populares.
O deputado do Bloco que faz parte da Comissão, João Rodrigues, votou favoravelmente o relatório dado conter as posições que o partido defende há muitos meses.
É triste quando se ignoram argumentos de outrem, para depois os acolher como se fossem seus, a reboque dos acontecimentos e com fim de agradar.
Com esta reviravolta, verifica-se uma primeira vitória dos que tanto lutaram pelo estudo desta alternativa. Foram os runenses e os movimentos que estiveram sempre ao seu lado, que forçaram esta posição do PS. Foi a força da razão e do povo. Mas atenção, porque é apenas um primeiro passo.
Este documento não nos pode deixar descansados, pois agora há que cuidar da sua efetiva implementação, para que não seja mais um papel em tempo de eleições que no dia a seguir acaba numa gaveta.