
A equipa coordenadora da Concelhia de Torres Vedras do Bloco de Esquerda eleita este domingo tem como principal objetivo concorrer às Freguesias do concelho, com listas próprias, apelando a todos os simpatizantes e independentes de esquerda, que queiram participar na mudança, para se juntarem às listas em formação em cada Freguesia, contatando o Bloco de Torres Vedras.
“Apelamos a todos os que querem uma verdadeira mudança no concelho, que passem do descontentamento aos atos e se juntem ao Bloco em cada freguesia, engrossando esta frente popular que nunca desiste”, referem os dirigentes bloquistas, como o mote da moção aprovada.
A lista A foi eleita este domingo para o biénio 2024/2026 com uma composição aumentada, que reflete o crescimento do partido em Torres Vedras. Transitam de equipa anterior Jorge Humberto Nogueira professor; Maria Carolina Vieira, mediadora cultural; Diogo Miguel Franco, gestor de seguros; Alberta Luísa Costa, coordenadora técnica, Pedro Manuel Pisco, administrador de sistema TI; aos quais se juntam Catarina Laranjo, técnica superior de comunicação e Tiago Simão Sampaio consultor jurídico.
A preparação das Eleições Autárquicas 2025 está no terreno com o Bloco a apresentar-se como alternativa de esquerda, com listas próprias, abertas a independentes, agregando uma equipa competente para fazer a diferença na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas Freguesias, com transparência, regras claras, proximidade e escrutínio popular no combate ao compadrio.
Decorreram em simultâneo as eleições para a Distrital de Lisboa do Bloco, onde se elegeram três elementos da Concelhia de Torres, nomeadamente Pedro Pisco, Jorge Nogueira e Catarina Laranjo, aumentando a representatividade de Torres Vedras no órgão distrital do partido.
Moção eleita prioriza a justiça social e a vida concreta dos torrienses
O Bloco defende uma mudança de prioridades na governação, que faça diferença na realidade de cada torriense, em termos de habitação, creches, jardim de infância para todos, educação e saúde, passando pela mobilidade e clima; “em contraponto com os gastos em eventos promocionais e lógicas de manutenção do poder que não promovem a justiça social, nem constroem uma vida melhor e digna para todas e todos”.
Os bloquistas dizem não descansar sem uma linha do Oeste ajustada às necessidades e moderna, bem como um novo Hospital para o Oeste, cuja decisão continua adiada enquanto os torrienses vivem a falta crónica de médicos de família, de especialidades e de serviços e de urgência que não sejam o caos que se tem vivido.
A moção agora aprovada está também ao lado dos jovens, entregues à especulação imobiliária, sem políticas locais de fixação, apoio e habitação pública. Defende uma Estratégia Local de Habitação abrangente e integrada, que garanta investimento na habitação pública e no parque habitacional da autarquia para que essas casas sejam colocadas em arrendamento acessível para toda a população.
De acordo com a nova equipa, a gestão pública deve ser baseada em valores, com planeamento sério e não casuístico, com sentido de missão no serviço público e não de carreira política, segundo o princípio da administração aberta e prevenção da corrupção.
Outros destaques das linhas orientadoras da Concelhia, referem o hastear da bandeira arco iris e a primeira marcha LGBT no caminho para a visibilidade das minorias sexuais, um concelho livre de touradas e por uma política de esterilização e adoção responsável de animais de companhia em articulação com as Associações de cidadãos.
A cultura deve ser descentralizada, promover a dinâmica e empoderamento das organizações culturais locais, através de uma visão formativa e de cooperação com os agentes e populações, pois “a autarquia não pode servir como dona da estética e dos conceitos de qualidade, da arte e do suposto bom gosto.
A autarquia tem responsabilidade no desenvolvimento de medidas e sistemas de proteção social para todos, melhorando substancialmente a vida, numa perspetiva de emancipação, sem nunca esquecer os cidadãos mais vulneráveis.
“Em todas estas lutas, o Bloco de Esquerda será a força socialista e popular que não desiste dos seus compromissos. Para isso, precisamos de pessoas mobilizadas e com vontade de contribuir e lutar por uma sociedade mais justa, em todas as freguesias”.
O maior concelho, em termos de área, do distrito de Lisboa tem que ter uma resposta digna a todos os níveis, que o coloque como referência positiva em todos os patamares de equidade social e económica. Recusamos uma continuidade pantanosa que nada fez para travar o aumento das desigualdades e que abandona tanta gente à sua sorte.
“Torres Vedras”, não é só a cidade e Santa Cruz. Torres Vedras é urbano, rural e turístico. É verão e inverno, campo e cidade, litoral e interior, cidade, vilas, aldeias, casais, lugares, montes…