Foi concluída e discutida pela Comunidade Intermunicipal do Oeste, CIMOeste, no passado
dia 2 de junho a primeira fase do estudo para a construção do novo Hospital do Oeste, de onde se
destacam as propostas para a sua localização. Na segunda fase, prevista para setembro, serão
abordadas as valências e a dimensão dessa Unidade, bem como o seu impacto financeiro e social.
Os autarcas do Oeste remeteram agora a decisão final para o Ministério da Saúde, através de
encontros a ser agendados, deixando de haver desculpas para que a obra não seja lançada no
mais curto espaço de tempo. A própria CIMOeste pretende já ver consagrado no Orçamento de
2023 o projeto da obra.
O estudo destaca duas localizações: uma que tem por base fatores de densidade
populacional, que aponta o Bombarral junto ao nó da A8 e outra que se baseia na centralidade
geográfica e que propõe o nó da A8, na zona de Campelos, aliás foi este o critério tido para
localizar a Valorsul que ali foi construída.
Posição do Bloco de Esquerda em seis pontos:
1- O Bloco de Esquerda congratula-se com o facto de finalmente existir um estudo da
localização, que se arrastou anos, sendo agora tempo de pressionar o Ministério da Saúde,
para uma decisão célere e o avanço da orçamentação do projeto e cabimento orçamental aproveitando os fundos comunitários. Deixa de haver desculpa para justificar a inação.
2- Apesar das localizações apontadas e do estudo em si, estarem a ser discutidos na esfera
política, deve sempre caber ao Ministério uma decisão final de caráter eminentemente técnico como sempre defendemos.
3- Estamos contra qualquer ideia de parceria público privada. Esta tem que ser uma obra
pública e de gestão pública, que deve ter apenas como objetivo servir a população com os melhores cuidados e não ser mais uma oportunidade de negociar com a nossa saúde.
4- Não devem ser abandonados os atuais Hospitais como linha da frente, dada a dimensão
da área geográfica em causa. O novo Hospital servirá cerca de 300 mil habitantes, qualquer das
duas localizações dadas como mais prováveis, ficam distantes dos grandes centros urbanos de
Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, colocando em risco o atendimento de maior proximidade.
5- O tempo de construção poderá rondar uma dezena de anos, pelo que se torna urgente
não descurar o investimento necessário nas atuais estruturas que padecem de problemas
estruturais que se arrastam. Seria criminoso que, com a justificação que um dia termos um novo Hospital, deixássemos por resolver o tanto que há por fazer de imediato.
6- É importante um consenso alargado naregião, entre todas as forças políticas, autarcas,organizações sociais e população em geral, na pressão para que não se deixe passar esta
oportunidade. Pela parte do Bloco de Esquerda estaremos sempre na primeira linha dessa
exigência, que nas estruturas concelhias, como também no Parlamento onde não faltarão
apoios a uma obra urgente para esta região tão esquecida.