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Apresentação Candidatura | Pedro Pisco - Candidato à Assembleia Municipal

Decorreu no dia 11 de junho, às 17h30, a Apresentação da Candidatura Autárquica do Bloco de Esquerda, no Parque da Varzea. O evento contou com a intervenção da Carolina Vieira, Pedro Pisco, Jorge Humberto e Catarina Martins.

Abaixo está transcrita a intervenção do Pedro Pisco, que é o cabeça de lista, na lista apresentada pelo Bloco à Assembleia Municipal de Torres Vedras.

Boa tarde a todas e a todos,
Gostaria de começar por agradecer a presença da Catarina Martins e de todas e todos as e os camaradas, apoiantes e amigos.
Escolhemos o Parque da Várzea, para a apresentação da nossa candidatura porque foi aqui que alguns camaradas se juntaram há já alguns anos, uniram esforços, vontade de trabalhar, de lutar todas as lutas, fazendo assim nascer a representação local do Bloco de Esquerda.
É por isso, um local carregado de simbolismo, e inspirador para o que nos espera no próximo período autárquico.
Devemos isto também ao João Rodrigues, o nosso atual Deputado Eleito, aqui presente e um dos fundadores da concelhia local do Bloco.
Desde as primeiras eleições livres, o governança do concelho tem trabalhado em prole das elites locais, jogando na matriz de interesses e consolidando uma realidade local que serve os agentes económicos, os detentores de poder financeiro e pouco mais.
Os dinheiros públicos servem para alavancagem dos negócios privados, reservando-se migalhas dos sucessivos orçamentos para o que é realmente importante – a supressão das carências das populações integrada numa política ambiental sustentável que realmente combata a situação de urgência climática que se agrava a cada dia que passa.
Nos últimos 4 anos, assistimos a uma composição do poder executivo e do poder deliberativo, de maioria absoluta do PS e o resultado está à vista.
O PS fez o que quis com o poder absoluto que lhe foi conferido, na certeza de que todas as suas decisões, passariam no crivo da Assembleia Municipal, sem oposição, sem ter que negociar, sem ter que levar em conta outros interesses ou as realidades que não convinham ao tecido de interesses e de clientelismos instalado.
Estamos assim, num concelho montado à medida para gerir os dinheiros públicos no melhor interesse dos poderosos do PS local, deixando para 2º plano, o interesse público e as populações com menos recursos e que vivem mais isoladas, dos mais diversos pontos de vista.
Assistimos a escândalos sobre escândalos, sem consequências políticas, num compadrio vicioso, montado para servir os interesses da meia dúzia de sempre que controla o poder local atual, desde as primeiras eleições livres após o 25 de Abril.
E é desde as primeiras eleições livres, que os mesmos de sempre, socialistas de profissão, mas de nenhuma convicção, lá vão rodando pelos diversos cargos autárquicos, entre a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal, a Promotores (Empresa Municipal), com uma ou outra fugida, para voos mais altos, como a Assembleia da República ou o Governo Central.
Para estes autointitulados socialistas, a autarquia serve para se servirem, para se promoverem, para irem organizando as suas vidas e partilharem dinheiros e poder.
Mas, ao longo de mais de 40 anos de democracia, não são, como é óbvio, sempre os mesmos.
Os velhos dinossauros vão ficando enquanto podem, mas aceitando nas suas fileiras, gerações de jovens que sabem que o PS é forte localmente e que é um meio de vida garantido no município.
Premeia-se com cargos políticos e públicos os bons alunos e castiga-se com o afastamento e homicídio político quem, dentro das suas fileiras, resiste a aceitar o que ditam os poderosos e grandes senhores locais.
Renova-se o sangue e apura-se a raça, descartando-se quem não cumpre as regras e critica ou põe em causa quem realmente decide.
Mistura-se a gestão da autarquia com os interesses privados dos membros dos seus órgãos.
O PS, manda na cultura, no emprego público e direta ou indiretamente, decide sobre todos os aspetos da vida dos seus munícipes.
Votar neles é votar no mesmo!
Está nas mãos da população, mudar!
Estamos aqui, se for essa a vontade da população, para acabar com isto!
Nos tempos que se aproximam, é urgente dar resposta à crise económica e social, agravada pelo já longo estado de pandemia e a subsequente destruição do emprego e redução da atividade económica, com foco especial nas populações mais desfavorecidas.
Está na génese do Bloco, correr atrás dos direitos sonegados aos mais desfavorecidos, lutar pela dignidade de todas e de todos, pela igualdade plena.
É isto que faremos aqui em Torres Vedras no plano autárquico e é essa luta, o suporte do nosso programa para os próximos 4 anos.
Assim, é urgente:
• RESPONDER À CRISE SOCIAL E ECONÓMICA CRIADA PELA PANDEMIA
• GARANTIR O DIREITO À HABITAÇÃO DIGNA
• LUTAR PELO CLIMA E MUDAR A MOBILIDADE
• COMBATER AS DESIGUALDADES SOCIAIS E REFORÇAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS
• DEFENDER A IGUALDADE PLENA
• LUTAR PELA DEMOCRACIA, TRANSPARÊNCIA E COMBATE à CORRUPÇÃO
São estes os 6 pilares, em torno dos quais construímos o nosso Programa Autárquico que, muito em breve, será público!
A Assembleia Municipal, órgão autárquico ao qual me apresento nestas eleições, tem nisto um papel fundamental!
Sendo o Órgão deliberativo do concelho, cabe-lhe decidir sobre as políticas a implementar pela Câmara, cabe-lhe o dever de escrutínio e de contribuir com propostas que vão no sentido de colocar a autarquia no caminho certo, naquilo que ao poder político local diz respeito.
Estamos aqui, para que todas e todos os torrienses sejam iguais!
Para que todas e todos possam ter as mesmas oportunidades e a mesma vida digna, quer morem na cidade, no litoral ou no interior!
Para que todas e todos possam ter acesso a recursos e serviços públicos de qualidade.
Para que a política local e a distribuição de recursos sejam totalmente transparentes.
Para que os recursos financeiros estejam à disposição na proporção de quem mais deles necessita.
Não estamos contra ninguém, antes para trabalhar em prole de uma sociedade local mais justa onde somos todas e todos torrienses de pleno direito!
Encabeço uma lista de gente comum que, como eu, faz da política um exercício de cidadania e um trabalho em prole da comunidade.
Não precisamos dos cargos públicos para sobreviver. Exercê-los-emos em nome de todas e de todos, com um programa virado para melhor nivelar a igualdade plena no respeito pelo ambiente, num concelho que tem que contribuir de forma decisiva e concreta para a reversão da situação de urgência climática que vivemos de forma global.
Com o Bloco, nenhuma pergunta ficará por fazer, nenhuma proposta que vá no sentido da prossecução dos 6 eixos que referi, deixará de ser apresentada!
Estaremos na Assembleia Municipal, como estamos no país:
Pelo clima, populações migrantes, as mais diversas minorias que integram a nossa população, os mais novos, os mais velhos, o direito à educação, à saúde, a mobilidade, combate ao desemprego falso emprego e precariedade laboral, direito à habitação, transparência e combate à corrupção!
Pela proximidade entre as pessoas que compõem o nosso tecido social e o poder político local, o respeito integral dos valores democráticos, a igualdade de género!
Enfim, por mais ABRIL!
Estaremos na política local para fazer obra todos os dias e não apenas em períodos pré-eleitorais.
Sobretudo, não menos importante, não trabalhamos em cultos de personalidade!
Mais importante que as caras mais ou menos conhecidas que se apresentam a votos nas próximas eleições, são os programas que cada força política se propõe concretizar! É isso que conta e, no final, faz toda a diferença!
As nossas listas são compostas por gente comum, trabalhadora, estudante, migrante, cidadãos e cidadãs que vivem de perto os problemas que afetam este concelho, que sentem na pele a diferença que sente quem faz parte das gentes comuns.
Gente que sente, o que sente quem circula fora das esferas de poder e tem que lutar todos os dias por uma vida digna.
Gente do povo com um programa consistente, exequível e no sentido certo com vontade de trabalhar em prole de um concelho que nos acolhe e no qual escolhemos viver;
Fazer mais e melhor, todos os dias;
Dignificar quem faz tudo isto girar, é tudo o que prometemos, na medida da força que nos derem, nas próximas eleições autárquicas!
Não contamos com o voto de quem vê na política um meio de autossustento ou de influência para enriquecer ou ter mais poder!
Mas contamos com todas e todos os outros!
E não deixaremos ninguém para trás!
Disse!