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Bloco debate futuro da floresta no Oeste

Bloco debate futuro da floresta no Oeste

A deputada e candidata do Bloco de Esquerda pelo distrito de Lisboa Rita Calvário participou, no dia 31 de Maio, num debate com representantes dos outros partidos com assento parlamentar sobre o "Futuro da Floresta na Região do Oeste", organizado pela AFLOESTE, uma recente associação interprofissional formada nesta zona. O debate teve lugar no auditório municipal de Torres Vedras e debruçou-se sobre os desafios e potencialidades da floresta no Oeste, o seu papel na resposta à crise actual, a importância das OPF e da certificação.

O Bloco de Esquerda neste debate frisou a importância da floresta para a economia do país, contribuindo para 3% do PIB e 10% das exportações, e enquanto sector que emprega 250 mil pessoas e é fundamental para a qualidade ambiental do território. Frisou que a sua importância económica deve-se não só às funções de produção (lenhosas, cortiça, madeira) mas também pelos bens e serviços associados que proporciona (apicultura, turismo, caça, recolha de pequenos frutos, etc), sendo fundamental olhar para as diversas valências da floresta porque essas são as que melhor podem contribuir para as economias locais e criar empregos de forma durável, ao invés de olhar só para o sector exportador que tem já melhores condições para se desenvolver.

Referiu também que o problema do abandono de terras, que se estima abranger os 2 milhões de ha, pode ser resolvido pela proposta do banco público de terras do Bloco, a qual é também uma forma de acelerar a realização do cadastro rústico para saber a quem pertence cada parcela. Apontou ainda que a fragmentação e dispersão da propriedade são problemas para a viabilidade das actividades florestais, destacando a importância das Org. Produtores Florestais e das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) para responder a esta questão. Salientou, no entanto, que muitas das ZIF constituidas enfrentam dificuldades de funcionamento devido à burocracia e dificuldade de aceder aos fundos do PRODER (com uma taxa de execução de apenas 2% para a floresta), divulgando as propostas que o Bloco já apresentou nesta área para simplificar e agilizar as ZIF.

Por fim, destacou a importância de termos uma floresta bem ordenada e gerida para minimizar os riscos de incêndios e doenças e pragas, como é o caso do nemátode do pinheiro que ataca ainda grandes manchas do país. Uma floresta diversificada e multifuncional permite torná-la mais resistente e gerar várias formas de rendimento aos produtores, sendo mais sustentável em termos económicos, sociais e ambientais. A certificação assume neste campo importância, não só ao garantir qualidade aos produ